No Domingo, dia 1 de novembro, 24 horas após o ocorrido, a Liga Gaúcha de Futsal divulgou uma nota de repúdio após a partida entre Guarany e Atlântico, válida pela semifinal do Gauchão de Futsal, ter sido interrompida por uma denúncia de racismo. O jogo ocorreu no Módulo Esportivo, em Espumoso, na noite de sábado, 30 de novembro, veja:
Resumo do caso
O goleiro reserva da equipe do Atlântico, João Paulo, declarou ter sido chamado de “macaco” por um torcedor que estava presente nas arquibancadas do Módulo Esportivo, que fica em Espumoso. Após uma confusão tensa entre jogadores e demais presentes na partida, a equipe visitante saiu da quadra e optou por não finalizar a partida.
O suspeito do crime de injúria racial não foi identificado, conseguindo sair do ginásio. Não havia nenhum tipo de autoridade militar no local, que contava apenas com seguranças privados.
O confronto entre Guarany de Espumoso e Atlântico, válido pelo jogo de volta, foi interrompido imediatamente faltando menos de um minuto para levar a decisão para as penalidades máximas, uma vez que estavam fora do tempo comum empatados em 1×1.
No dia seguinte ao ocorrido, a Liga Gaúcha de Futsal divulgou um posicionamento sobre o ocorrido, divulgando pelas redes sociais, onde a entidade, que organiza o campeonato, afirma que “irá apurar rigorosamente os fatos e aplicar as medidas cabíveis por meio do Tribunal de Justiça Desportiva“.
Até o presente momento, não foi divulgado o que será feito sobre a continuidade da competição, ficando claro apenas que o caso foi levado até a polícia militar, e o documento com a súmula da partida, levada até o Tribunal de Justiça Desportiva, levando a julgamento.
Nota da Liga Gaúcha de Futsal
Abaixo está a nota de repúdio completa divulgada pela entidade, LGF-Liga Gaúcha de Futsal, nas redes sociais e site oficial, veja:
“A Liga Gaúcha de Futsal manifesta seu mais profundo repúdio a qualquer ato de racismo ocorrido durante a partida entre Guarany de Espumoso e Atlântico, realizada na noite de hoje.
Ressaltamos que o racismo é inaceitável e totalmente contrário aos valores que defendemos no esporte. Essa conduta não representa o espírito do futsal nem os princípios que buscamos promover em nossas competições.
Nos solidarizamos com o atleta João Paulo e com todos os demais que se sentiram ofendidos durante o ocorrido.
Esperávamos que esta partida fosse marcada pela celebração do esporte e pela disputa saudável, onde o mérito dentro de quadra fosse o único destaque. Infelizmente, atitudes lamentáveis desviaram esse propósito.
A Liga Gaúcha de Futsal irá apurar rigorosamente os fatos e aplicar as medidas cabíveis por meio do Tribunal de Justiça Desportiva.
Reiteramos nosso compromisso inegociável com a luta contra o racismo.”