Nestas últimas semanas de maio, houve grande discussão sobre machismo, moralidade e autonomia feminina, quando a criadora de conteúdo foi desligada de seu clube de Futsal. Confira agora todos os detalhes sobre o caso.
Jogadora é expulsa de time de Futsal
Marcela Soares, jogadora de futsal do Rio Grande do Sul de 21 anos, foi desligada da equipe onde atuava após o clube descobrir que ela possuía uma conta em uma plataforma de conteúdo adulto. A decisão da diretoria gerou debates e críticas nas redes sociais.
Com passagens por diversos times do futsal brasileiro, como Marechal Copagril, Leoas da Serra, Female, Pato Branco e Celemaster, Marcela já era conhecida no cenário nacional.
Em entrevista, a atleta preferiu não divulgar o nome da equipe que a demitiu, apesar de grandes especulações envolvendo a equipe do Celemaster Uruguaianense, relatou sentir-se “injustiçada, especialmente por outras mulheres”.
Ela também destacou que a produção de conteúdo adulto lhe proporcionou independência financeira. Apesar de o contrato não conter nenhuma cláusula que proibisse esse tipo de atividade paralela, a jogadora foi desligada do time.
Porque seguir a carreira de conteúdo adulto?
Desde que passou a atuar em uma plataforma de conteúdo adulto, Marcela Soares começou a ter uma renda mensal estimada em torno de 55 mil, uma quantia muito acima do que recebia atuando no futsal.
No início da carreira como atleta, os ganhos eram de apenas 550 reais por mês, valor que, segundo ela, não era suficiente nem para arcar com os custos de deslocamento e os treinos diários necessários para manter o desempenho em quadra.
Em entrevista concedida ao jornal O Globo, a jogadora explicou que sua saída do esporte não foi motivada por escolha própria, mas sim pela necessidade de separar sua vida pessoal da exposição pública, especialmente diante das críticas e julgamentos.
Ela reforçou seu amor pelo esporte e afirmou que o futsal representa uma parte essencial de sua identidade, mas deixou claro que não está disposta a aceitar imposições sobre sua vida particular.
“Amo jogar. O futsal faz parte de quem eu sou. Mas não aceito estar em lugares que tentam controlar minha vida fora da quadra “, declarou.
Marcela também destacou que sua atuação como criadora de conteúdo é uma forma legítima de conquistar independência financeira e exercer o empoderamento feminino.
Apesar do afastamento, ela não descarta a possibilidade de retornar ao futsal futuramente.